Cícera
Maria da Silva, mais conhecida como Dona Leda, mãe de Lidriana da Silva (25
anos), José Lidriano da Silva (21 anos), Lidinez da Silva (19 anos), José
Genivânio da Silva (15 anos) e José Osvaldo da Silva Menezes (12 anos). A mesma
vem de muitas lutas e conquistas, participando de movimentos sociais desde
1995. Atualmente está como articuladora de um grupo de mulheres que atua nos
municípios de Inhapi, Canapi e Mata Grande. Lutou bravamente para receber as
suas cisternas. Antes de receber as tecnologias, pegava água pra o seu consumo
de uma barragem perto da sua casa.
A
primeira Cisterna chegou à comunidade em meados de 2007. “Eu participei de
todas as reuniões, batalhei muito pra ganhar minha cisterna. Hoje eu tenho minha
cisterna de 16 mil litros no fundo do meu quintal. Eu queria que minha irmã também
recebesse, mas infelizmente ela não pôde porque não se encaixava nos critérios,
eu me encaixei por que era chefe de família. Eu preferia que minha irmã
recebesse ao invés de mim. Mas mesmo assim, na época eu cedia água para ela. Hoje
ela já tem a cisterna dela, graças a Deus estamos todos bem e temos água de boa
qualidade para beber e cozinhar”, cita Dona Leda.
A
chegada da cisterna-calçadão para Dona Leda foi uma bênção e ao mesmo tempo muito
difícil, pois a mesma na época tinha sofrido um acidente de moto e estava
impossibilitada de se mover. “Nessa cisterna-calçadão. Quando a máquina começou
a cavar o muito que cavou foi meio metro e deu pedra, eu estava muito ansiosa
pra ter minha cisterna e pra mostrar para o povo da comunidade que aqui tem
condições de fazer uma cisterna. Fui arrumar pessoas que trabalhavam com
explosões de rochas. Porque eu tinha fé em Deus que essa cisterna iria ser
implantada. O povo daqui, na época cansava de me falar que o solo não prestava
e que eu estava fazendo um serviço de doida. Sei que na época gastei muito, mas
não me arrependo de nada. Porque tenho água pra meu consumo e dos meus
animais”.
Hoje
com as tecnologias, Dona Leda não se preocupa mais com a barragem, pois antes a
mesma só podia usufruir da água durante quatro meses, que era a época em que a barragem
estava cheia.
Atualmente,
Dona Leda está trabalhando com u ma criação de galinhas de postura. “Hoje com
minhas galinhas, minha vida mudou muito, graças a elas eu tiro uma renda
extra”.
É dessa
forma que Dona Leda vive, batalhando dia após dia e com muito mais tranquilidade,
sem se preocupar com a falta de água, tanto para seu consumo, quanto para os
animais.
Ricardo Ferreira
Comunicador Popular
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