sexta-feira, 13 de março de 2015

Dona Graça e seu José, uma lição de como se pinta um sertão de verde


No sertão alagoano
Mora um belo casal
Seis meninos e uma menina
Que família especial

Lá no sítio poço doce
Povoado do piau
Que seu José e dona Graça
Redesenham seu quintal

Do inicio ao final
Nunca vi beleza igual
Um exemplo de família
Que sabe do seu potencial

No quintal é só fartura
Ovelha, pato, galinha
De tudo pode se ver
Té mandioca pra farinha

É coisa de consciência
Segurança alimentar
Pra qualidade de vida
De tudo tem que plantar

Manter a tradição
A cultura ser fiel
É o que dizem os filhos
Augusto e Gabriel

A lição é conviver
Manter viva a história
De todo nosso passado
Diz a filha Vitória.

Também já sabem de cor
O caminho a ser seguido
Outros filhos do casal
Carlos e Aparecido.

Uma família linda
De práticas genial
Seis filhos, uma filha
Tem Elias no final. 

O gosto pela terra
Plantar, colher e comer
Um exemplo a ser seguido
Por seu pai foi transmitido

Com a força do trabalho
A seca vira ficção
Tanto verde espalhado
Quanta fartura no chão

Naquela terra com piçarra
Nenhum veneno é usado
Dum chão que bebe muita água
Tudo que tem vida é cuidado

O veneno aqui não entra
O que vale é a tradição
A terra também é vida
É tratada com paixão

O canteiro econômico
É um canto de fartura
Alface, couve, coentro
Tudo é uma belezura

Há 40 anos atrás
Ali se tinha algodão
Moita nas capoeiras
Melancia e feijão

O quintal que produzem
É de grande diversidade
Acerola, cebola, galinha
Respira prosperidade

É bonito de se ver
A fartura no quintal
Maracujá, abobrinha
Uma coisa genial

Plantar tudo pertinho
O quite PAIS trouxe uma lição
Praticar agroecologia
Fortalece a produção

O consórcio de culturas
É o jeito de plantar
Tomate, pimentão, mamão
Junto com samba catá

Foi a 10 anos contados
Que chegou a cisterninha
Melhorando um bucado
Água pra beber limpinha

Dos sonhos que alimenta
Um tem tom de desafio
Furar um poço profundo
Pra ter água além do rio

A chegada de outra tecnologia
Vem contribuir com a produção
Chegando ao quintal todo dia
Com a cisterna calçadão

Na beleza dessa terra
Os seus filhos foram criados
Na certeza do seu tempo
O seus sonhos foram colhidos

Na terra que ele herdou
Era descrente a plantação
Hoje tem mesa farta
De rica alimentação

O amor pelo plantio
É o que alimenta o viver
Fica até tarde
Manejando o conviver

Cada planta cultivada
Alimenta o coração
Pintar o mundo de verde
É a sua grande paixão

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