Em
Santa do Ipanema no sítio Camoxinga II, convivem 116 famílias. O presidente da
Associação da Comunidade, Josenildo Alves Silva, 40, que já está com 10 anos de
representação, descreve a comunidade “como se fosse o paraíso para nós, por que
é onde nós nasceu e se criou, onde nós vive, trabalhando e produzindo, isso que
é o bom, o melhor canto é aqui, que é onde se adapta e da certo conviver ali,
principalmente na agricultura.”
O
banco comunitário de sementes da Camoxinga II, atualmente tem 18 famílias
associadas e aproximadamente 6 anos vêm se organizando para atuar mais presente
na vida desses agricultores/as, tendo a iniciativa de vender as sementes e
comprar animais para a base sustentativa do banco. “A plantação do feijão
depende também de Deus, a gente tanto pode perder por chuva e por sol, e se a
gente plantar 100% da semente quando fosse no ano seguinte já tinha perdido
tudo. Ai se por acaso plantou, produziu não deu, a gente vende os animais para
comprar semente para vim para o banco, mas graças a Deus nunca aconteceu aqui”,
explica Josenildo o porquê da ação. No banco tem 2 bois para o trabalho e 8 ovelhas
produtivas. Com a ovelha, a família sorteada pega a matriz, coloca para gerar
cria, devolve os burregos para o banco e a matriz fica com a família e assim
todos conseguem se beneficiar.
O
município de Santana do Ipanema é uma das melhores regiões na demanda de chuva para
produção de alimento, “quando a camoxinga vim perder nas outras regiões não dá,
a comunidade nunca perdeu, não sei amanhã, mas até hoje é bom de chuva, aqui
chove todo ano, nunca passou dois anos sem chover, portanto da para viver da
agricultura, o que seria do pessoal da capital se não fosse a agricultura
familiar”, relata Josenildo. Em relação ao banco de semente 5 sacos de feijão e
1 de milho, foram entregues através da Coppabacs, a expectativa dos
agricultores/as é colher de 90 a 100
sacos.
Na
mesma comunidade têm 100 famílias associadas na Globoaves, uma é a Dona Ângela
Maria da Silva, 49, Casada com Jaime dos Santos Cabral, 49, e tem 9 filhos. Ela
é do Banco de Semente da associação há 22 anos “não pretendo sair porque só
tenho a ganhar, a gente põe lá a sementinha fica lá guardada e agora mesmo
ajeitou por que tinha muita semente de feijão então foi vendido para comprar
ovelhas, e fui sorteada, e todos que ganharam já está voltando de novo” fala Ângela
que também planta milho, feijão, palma, macaxeira, batata, de tudo um pouco.
A
expectativa é que chova mais, dona Ângela diz que “se eu tivesse água eu fazia
tanta coisa, eu não parava, meu sonho é plantar verdura e também as galinhas
precisa de um verde, que no verão não tem por que não é para elas serem de granja
é para elas serem caipiras e para elas serem caipiras precisam comer capim tem
que ter a ração, o verde e o lugar delas ciscarem”.
Esse
ano a associação das galinhas (Globoaves) ainda não rendeu o mesmo tanto que o
ano passado, “por que nesse mesmo tempo no ano passado já tinha vendido 2 lotes
e estava entregando bastante ovos, e agora o primeiro lote vai ser amanhã que
vai entregar e mesmo assim serão 89 galinhas, cada produtor”, explica Ângela.
Na Globoaves eles entregam os pintinhos com 1 dia de vida e quando entregam as
galinhas ao projeto tem que descansar o aviário por 30 dias para fazer toda a
higiene para poder colocar novos pintos. Ângela recomenda que na criação dos
pintos a caixa seja feita com uma bacia e três lâmpadas fazendo um circulo de
zinco e forrando com papelão e nele põe comida, água e a cama deles com pó de
serra em baixo. Ângela sempre viveu da agricultura e tem da criação de galinhas
complemento e tem vivido bem aumentando assim a quantidade de aviários para
poder receber mais galinhas.
Josenildo Alves Silva e os bois do Banco de Sementes |
Ângela Maria da Silva e as galinhas de corte |
Ademilson Freitas, 44 anos, associado do Banco de Sementes,
sorteado com uma ovelha produtiva.
Keila Gomes
Comunicadora Popular – Coppabacs/ASA Alagoas.
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